10/20/2008

Pátio de casa...

Depois de anos tendo como pátio (gaúcho não tem quintal, gaúcho tem pátio!) a Legalidade, em Esteio, digamos que no período de 5 anos em SP não existia um lugar que eu fosse andar sempre e que fosse perto da minha casa. Não tinha um lugar pra falar que eu era local e, pra falar a verdade e me desculpem os paulistanos, acho São Paulo a cidade menos skate do Brasil, pelo simples fato de ser tudo, mas tudo mesmo, muito longe e de difícil acesso...
Bom, vamos ao que interessa: Uma das coisas mais legais de morar aqui no meu novo lar é que tenho uma banks da hora a cerca de 2 km de casa... Então cada sessão é uma volta ao passado. Pega o skate, coloca uma música pra ir escutando e embalo até a pista... Anda e anda até suar um monte e, depois volta só pelas lombinhas, fazendo um monte de slides e lembrando o quanto é bom fazer o que escolhi pra mim!!! Andar de skate é muito tri, ainda mais quando não precisamos pegar um carro e encarar horas e horas em ruas com mais um montão de outros carros, com pessoas estressadas e a ponto de estourar!
Agora convido os amigos pra sessão no pátio de casa: o Sitges banks!


Biano Bianchin, amigo de 20 anos, Slob air, Pátio de casa, Sitges/ Espanha - Junho de 2008

10/17/2008

E como ele muda...


E como nós mudamos. Sem dúvida essa é a graça da vida. Engraçado como a máxima das aulas de história se encaixa para tudo na vida. Há que entender o passado, para compreender o futuro.

Lembro que o skate teve uma grande mudança no começo dos anos 90. Tudo ficou devagar e muito técnico. Andar de skate, às vezes, era um martírio, pois aprender uma manobra era obra de campeão de xadrez, tamanha a paciência e saco que tinha que ter. Flips e mais flips e muito switch. Claro, tudo baixinho e um 360 flip parecia uma enceradeira, mas enfim, as manobras eram feitas. Com toda essa técnica, não sobrava muito espaço para manobras clássicas do skate e quem botasse a mão no skate era logo taxado de boca, ou bagaceiro. Eu, algumas vezes, fui xingado por gostar de jump ramps e insistir em mandar meus grabs. Eis que o tempo passa e as pessoas evoluem.

Depois de todas as coisas que aconteceram no skate, talvez hoje seja a melhor fase para um skatista, pois ele pode ser de qualquer época e, o melhor, fazer as manobras que quer. Ninguém vai falar nada (podem até querer te tirar, mas não falam nada) e o skate está muito mais democrático.

Pelo menos, enquanto ainda tenho perna, posso mandar meus grabs sem que me mandem embora e uma pista!!hehehehehehehehehe